Enquanto você voava, eu criava raízes

“Em ‘Enquanto você voava, eu criava raízes’ nenhuma palavra é dita, a dramaturgia é guiada pelos corpos em diálogo com as artes visuais, o cinema, a dança e o teatro. Nesse navegar por várias linguagens, os significados também se apresentam diversos e chegam ao público em camadas múltiplas e plurais. Assim, entre sonho e realidade, somos apenas um emaranhado de sombras e luzes, diante do imensurável, da imensidão e do mistério do abismo.” – trecho da sinopse no catálogo.

Assisti esta apresentação no Sesc Santo Amaro, em São Paulo em abril de 2023. O espetáculo começa e já te coloca no silêncio ao conseguir um escuro completo, sem frestas, que será compreensível por todos os efeitos de luz que são parte estruturante da montagem.

Vagamos, junto dos corpos dos dois atores, em uma caixa mágica que cria uma alteração da nossa percepção espacial, rompendo a linha da terra em um diálogo entre os dois, o céu e as profundezas.

Você poderia pensar que todos estes recursos técnicos e os efeitos são o que há de mais impactante nesta apresentação, mas não! O trabalho corporal de cada um dos dois é impressionante e o que eles criam poeticamente é lindo.

Fica de olho, acompanhe a dupla no Instagram e vá na próxima apresentação.

Direção, dramaturgia, cenografia e performance: André Curti e Artur Luanda Ribeiro
Música original: Federico Puppi
Iluminação: Artur Luanda Ribeiro
Cinotécnica: Jessé Natan

Artigos Recomendáveis