Mary e os Monstros Marinhos

Uma mesa e duas cadeiras. Com este cenário percorremos a história de Mary Anning. A iluminação nos conduz, junto com todas as transformações do uso destes objetos de cena pelos diferentes espaços que a peça nos coloca.

As três atrizes se transformam nos diferentes personagens e nos falam das pesquisas e descobertas feitas por Mary, de sua família, e da dificuldade vivida para que pudesse se afirmar como cientista em um mundo no qual as mulheres não tinham permissão de ser nada, além de donas de casa.

Foto Maria Tuca Fanchin

A morte, uma personagem apresentada de maneira bem humorada, tomando chás em cada pessoa que se vai, é figura presente, excessivamente presente para uma mesma família, mas que se mostra como quase uma amiga.

As cenas são poéticas e o final é de uma beleza surpreendente. No decorrer de toda a peça vemos a paixão de Mary e a montagem teatral faz jus a esta paixão pela maneira como apresenta o encantamento da personagem, mas também os objetos de sua paixão, os monstros marinhos da época dos dinossauros.

Foto Camila Picolo

O espetáculo tem dramaturgia original construída a quatro mãos – da diretora Rhena de Faria e das atrizes e integrantes da Companhia Delas Cecília Magalhães, Julia Ianina e Thaís Medeiros. A direção de arte é de Mira Haar, a iluminação de Wagner Freire e a trilha sonora original de Artur Decloedt. A equipe conta ainda com a consultoria do Prof. Dr. Luiz Eduardo Anelli, do Instituto de Geociências da USP.

Não há dúvida de que é um espetáculo que poderá inspirar muitos meninos e meninas a percorrerem suas curiosidades!

Foto Camila Picolo

Eu assisti na programação do “Festival A gente que fez” que você poderá acompanhar até o final de março. Para conhecer mais sobre o grupo e seus vários trabalhos, acesse o site da companhia aqui.

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