Inicio este post com um trecho da peça Medeia, escrita por Eurípedes em 431 a.C., na publicação feita pela Editora 34, de 2010.
A intensidade dessa peça é tanta que irá motivar a escrita de duas outras peças, “Gota d’Água” de Chico Buarque e Paulo Pontes de 1975 e “Mata teu pai” de Grace Passô, de 2018, além de filmes e da peça de Consuelo de Castro, baseada no mito homônimo. Você pode assistir neste link uma explicação detalhada sobre o enredo da peça de Eurípedes.
É um texto que fala sobre o sofrimento decorrente da traição feita por Jasão, trocando Medeia por outra mulher, mais jovem e filha do rei. Mas não pensem encontrar em Medeia uma mulher fraca, lamuriosa. Medeia é vingativa e sua vingança fará com que essa tragédia grega faça jus a essa denominação, com uma sequência de mortes que não permitem que ninguém termine feliz.

Essa tragédia segue atual, não apenas pelo sofrimento decorrente da ruptura de uma relação de amor, mas pelo comprometimento vivido pelos filhos, quando a separação é vivenciada de forma vingativa. No diálogo abaixo, depois de Medeia ter matado os filhos, podemos ver parte desse sofrimento: