Observando os corpos

 

 

 

 

 

 

 

 

O que será que faz com que uma atriz ou um ator consigam representar um personagem?

Certamente são muitos os fatores e hoje vou falar de apenas um deles, o corpo.

No filme “Zelig” de Woody Allen, o personagem central tem uma característica, entendida como uma doença, na qual seu corpo e seu rosto se transformam, ganhando as características das pessoas com quem ele está convivendo. Ainda no filme, o corpo do Zelig muda completamente, podendo engordar ou emagrecer em questões de minutos, ou ficar com os olhos mais puxados ou mais arredondados.

Essa capacidade de transformação corporal não faz parte das possibilidades dos atores e atrizes, ao menos não em minutos e tampouco na alteração do formato dos olhos, exceto com os recursos de maquiagem.

Então, quais são os recursos possíveis?

Acredito que o principal deles parte de uma ação que muita gente realiza, mesmo sem a pretensão de atuar teatralmente: a observação dos outros.

A observação de como as pessoas se movimentam, os gestos que fazem, a maneira como sorriem, falam, movimentam as diversas partes do corpo é o que dá recursos para as modificações na criação de personagens. Essa observação possibilita a criação de um repertório mais amplo e, consequentemente, uma gama de possibilidades para a criação de personagens.

No próximo post vamos falar sobre como conseguir mudar o próprio corpo, depois que você já tem esse enorme banco de dados arquivado na tua memória.

As fotos deste post são de: Gilmer Diaz, Ogo e Elziroy Porter Jr.

Qual a escolha que faço?

Quando vamos montar uma peça de teatro precisamos fazer várias escolhas.

Sobre o que queremos falar?

Vamos escolher uma peça pronta ou criar?

Como vamos criar o espetáculo?

Para quem será apresentado?

Como será o cenário, o figurino, a iluminação, a sonoplastia?

São muitas as perguntas que vamos respondendo conforme fazemos escolhas e as escolhas feitas podem ser feitas por muitos motivos, desde razões práticas, como por exemplo a verba disponível para elaboração dos elementos da cena ou o espaço disponível para a apresentação, como escolhas estéticas.

Um grupo de teatro pode existir, independentemente da montagem que fará e a montagem ser resultado de um processo de vivências criativas, mas também pode existir com o objetivo de montar um espetáculo pré-definido, seja pela direção, seja por parte do elenco.

A forma de apresentar, quando decorrente de uma concepção estética estará embasada em visões sobre o sentido do teatro, sobre um determinado entendimento de sua relação com a plateia ou uma visão de qual deve ser o processo de criação do personagem.

A estética teatral resultante de todas estas escolhas pode ser clara, pode ser o que guia as escolhas feitas, mas também pode ser um pouco misturada, já que a definição de todos os aspectos poderá estar pautada não em uma escolha prévia, com uma linha bem delimitada, mas como resultado de diferentes escolhas, que encontram uma coerência para esta obra, podendo carregar um certo hibridismo.

Seja qual for seu percurso, uma coisa é certa: é sempre bom conhecer o que você está escolhendo e não correr o risco de apresentar um espetáculo que diga coisas que você não gostaria de dizer, mas que ignora o sentido e por isso acaba se expressando de maneira contrária ao que você mesma acredita.

Teatro para bebês

Nas vezes que assisti uma peça de teatro para bebês foi difícil saber para onde olhar, se para a cena ou para os bebês!

Como diz Luiz André Cherubini no documentário do Grupo Sobrevento – A Bailarina, que você pode acessar neste link, é incrível a capacidade dos bebês de se maravilharem e se encantarem com coisas bem simples.

Esse maravilhamento, tão característico dos bebês, que estão permanentemente descobrindo o mundo onde estão, se evidencia na maneira pela qual se relacionam com um espetáculo teatral que consegue criar uma forma que se comunique com eles. É muito emocionante ver a intensidade deste encontro!

Grupo Sobrevento

E o que é teatro para bebês?

Uma resposta para essa pergunta seria no mínimo uma demonstração de presunção deste blog, afinal, como qualquer forma teatral, é muito difícil criar definições que não sejam visões limitadoras de uma criação artística, mas vamos tentar dar alguns contornos que ajudem a compreender.

Um aspecto fundamental para saber o que pode ser um bom espetáculo para bebês é saber mais sobre os bebês, sobre seus interesses e as diferentes maneiras com que se relacionam no mundo.

Ter como premissa que o bebê é uma pessoa com um enorme potencial poético, que se emociona de forma estética, que é sensível e que entende emoções é um bom início de caminho.

Reconhecer que os bebês estão no mundo há pouco tempo e que os sentidos são um potente canal de exploração do mundo também é parte da compreensão desta linguagem.

Scaratujas, Cia. Catarsis

Por fim, respeitar a delicadeza desta fase da vida, sem que se ofereça uma explosão de sons e cores, como se o bebê precisasse do excesso é um reconhecimento de suas características. Bebês precisam de muito no sentido de que qualquer espetáculo precisa ter muito o que dizer, ser poético e conhecer o seu público, mas precisa de pouco se pensamos em quantidade de estímulos. São seres sensíveis, mas muito atentos ao que estão vivendo!

Você pode ler neste blog comentários sobre as peças Achadouros, do Grupo Sobrevento e Scaratuja, da Catarsis. E assim que puder, leve um bebê ao teatro e se encante junto com ele!

Os ensaios preparam o grupo para uma atuação coletiva?

Responder essa pergunta pode parecer fácil, mas depende do que for feito no ensaio e do quanto for considerado o trabalho coletivo e não o destaque individual.

Um dos aspectos centrais do trabalho teatral é ser coletivo, já que mesmo quando a peça a ser apresentada, existe a plateia e quase sempre, uma equipe que trabalhou junto com a atriz/ator na montagem da peça.

Mas, em muitos casos observamos uma valorização excessiva de um ou dois personagens e/ou atores. O mesmo vale para alunos, algumas vezes toda a peça gira em torno de poucos alunos e não são trabalhados os aspectos coletivos da montagem, para que o grupo se sinta coeso e integrado.

Portanto, se você pretende que a peça que você está trabalhando com teu grupo de alunos seja uma experiência importante para todos e todas e promova uma outra maneira do grupo se conhecer, faça com que o trabalho seja coletivo.

Ressalte o tempo todo que a cena só funciona quando todos estão presentes, que todos importam e que qualquer personagem dá a oportunidade de que os atores aprendam a atuar.

E não esqueça da plateia, ela faz parte do jogo e completa este coletivo no momento da apresentação.

O que se aprende ensaiando?

Para a maior parte das pessoas que não trabalha com teatro, a concepção a respeito do ensaio teatral é de ser uma ação que permite a elaboração de uma peça, a criação das cenas e culmina na apresentação do espetáculo pronto.

Sim, o ensaio é tudo isso mesmo!

Mas, quando pensamos em teatro nos espaços educativos, será que é a mesma coisa que no teatro profissional?

A primeira pergunta a nos fazermos é se na educação, o teatro precisa sempre resultar em uma apresentação? A resposta para essa pergunta não é uma só, pois depende da faixa etária, do propósito, do contexto no qual o teatro foi inserido. Nem sempre precisa resultar em uma apresentação, mas é muito interessante que resulte, principalmente quando estamos falando de crianças e jovens de mais de 10 anos.

Foto de Cottonbro no Pexels

Então o ensaio, nesta situação, terá como propósito criar a apresentação e fazer com que os alunos não fiquem perdidos no momento que estão em frente a uma plateia?

Sim e não! Sim porque o ensaio será o momento para a elaboração da peça e para que todos tenham segurança de poder apresentar seu trabalho para uma plateia. Não porque o ensaio é também o momento de criação e de aprendizagem.

Precisamos lembrar que nos espaços educativos o foco principal é a aprendizagem e que a apresentação será o resultado do que foi possível aprender.

Isso não significa que não devemos nos preocupar com a apresentação, pois a apresentação faz parte das aprendizagens da linguagem teatral, mas o ensaio não pode estar somente preocupado com a apresentação, pois desta maneira estaríamos invertendo as prioridades.

O ensaio nos ensina a relação com o público, ensina a repetir sem ficar sem graça, a descobrir a melhor maneira de encenar, justamente pela busca dentro da repetição que vai recriando e aperfeiçoando. É no ensaio também que o grupo se fortalece como tal e fica pronto para mostrar seus aprendizados em forma de cena teatral.

Teatro na Educação Infantil

Entender o que é fazer teatro pode ser difícil, mas quando juntamos a isso a compreensão do que pode ser teatro na Educação Infantil, o meio de campo acaba de embolar!

Aproveito para este post um trecho do texto da Marina Marcondes Machado, que você pode ler na íntegra acessando este link e abrindo o livro Percursos de Aprendizagem: Práticas Teatrais.

Neste texto Marina irá relacionar o teatro para esta faixa etária com o teatro pós-dramático. Ela diz:

“Quando a criança está brincando de faz de conta, ela é dissimulada? Mentirosa? Ilusionista? O leitor atento, que acompanhou os capítulos anteriores, responderá: “não”. Mas o que está acontecendo, então, com a criança no momento em que brinca de faz de conta? Há quem diga, como Sarmento, que a expressão “faz de conta” é inadequada para essa conduta da criança, uma vez que todo observador mais cuidadoso sabe quão verdadeira é aquela narrativa, cena do cotidiano, drama ou conflito. Existe, sim, algo no faz de conta que Artaud defendeu em sua estética, a mesma energia/sinergia que os encenadores contemporâneos pretendem, inclusive, resgatar no corpo do ator-performer.

O professor leigo não precisa ocupar-se das minúcias deste debate, mas deve estar atento para uma nova forma de teatro que surgiu a partir das décadas de 60 e 70, onde a linearidade aristotélica, do tempo do começo-meio-e-fim, não se faz mais presente ou necessária. Isso aconteceu também no cinema: quem não assistiu ao menos a um filme que se recusou a acabar, ou seja, que deixou “em aberto” o final da história que contava?

E se artistas profissionais estão praticando um tipo de linguagem mais “caótica”, desorganizada do ponto de vista realista, com cenas sobrepostas, ou ainda, apresentando músicas e ruídos concomitantes, interposto a um silêncio cortante, como e por que um professor de crianças precisaria ater-se a um teatro que representasse “Chapeuzinho Vermelho”, “Os Três Porquinhos”, ou “Os Três Reis Magos” com a proximidade do final do ano? E o que seria trabalhar de “outro modo”, na chave do teatro pós-dramático?”

Neste texto, Marina nos dá uma pista sobre um dos aspectos do teatro da primeira infância: ele não precisa contar uma história de forma linear! Os pequenos e pequenas podem brincar com idas e vindas no tempo, sem uma narrativa que parta de um ponto definido e que tenha uma sequência de ações, uma consequência da outra para chegar ao final.

O teatro da educação infantil pode ser caótico, pode não ter fim, pode ter muitas vezes a mesma experimentação, como uma cena em looping que se repete de várias maneiras ou da mesma incontáveis vezes.

Quem nunca contou a mesma história para uma criança e ao terminar ouviu: de novo! Dar oportunidade para este de novo na experiência teatral é um dos aspectos a ser garantido na Educação Infantil.

Teatro de objetos

O teatro de objetos é uma proposta teatral que parte de objetos e no qual os objetos são os protagonistas. O termo “Teatro de objetos” foi criado em 1978, na França

Os objetos utilizados podem ser de qualquer tipo, objetos industrializados, objetos da natureza ou feitos artesanalmente. Também podem ser utilizados diferentes pedaços de um objeto.

A criação das cenas e dos personagens parte do diálogo estabelecido com os objetos, com a observação e a interação criada com eles.

O teatro de objetos é um dentre as formas teatrais de teatro de animação, que é assim chamado por ser feito com a animação de formas que não o corpo do ator/atriz. Outras formas de teatro de animação é o teatro de bonecos.

Para quem trabalha com crianças pequenas este formato teatral é muito fácil de reconhecer, já que as crianças brincam com objetos, dando diferentes significados para eles.

Para que você conheça um pouco mais sobre esta forma de fazer teatro, pode assistir este vídeo, no qual o Grupo Sobrevento fala sobre esta maneira de fazer teatro ou assistir esta apresentação da Cia Noz de Teatro.

As diferentes partes do corpo

Somos uma pessoa única e separamos nosso corpo em partes porque foi assim que nossa sociedade aprendeu a pensar, compartimentando. Não sou uma estudiosa de diferentes povos, mas sei que existem concepções nas quais a unidade é muito mais valorizada do que a compartimentação.

Mas, sendo alguém que nasceu nesta sociedade, aprendi a pensar que tenho uma perna, um braço, uma mão, um pé – todos estes em dobro, um de cada lado do corpo – tenho também costas, barriga, peito, pescoço, cabeça, rosto.

 

Foto de Hamza Nouasria no Pexels

 

Qual o sentido de explorar as partes do corpo?

O motivo é ampliarmos a capacidade expressiva de cada parte, sem que percamos de vista que continuamos sendo um todo, unido pela pele, pelo sangue que corre no corpo todo, pelas veias e pelas emoções.

Explorar as diferentes partes é uma maneira de dar visibilidade ao detalhe, descobrir, por exemplo, como meu joelho pode expressar medo ou ansiedade ou como a posição da minha cabeça poderá demonstrar um personagem inseguro ou vaidoso.

 

 

 

 

Foto de ROCKETMANN TEAM no Pexels

Colocar foco em uma parte é uma estratégia, uma metodologia para ampliarmos a capacidade expressiva, mas não deve se cristalizar como uma solução para a cena, embora possa ser muito divertido fazer cenas nas quais somente uma parte do corpo atue!

Diretor e ator: um trabalho colaborativo

Este post é continuação do último, no qual falo sobre o trabalho do diretor. Desta vez falarei sobre a ação do diretor no trabalho do ator.

Quando o diretor escuta o grupo sobre a escolha sobre o que apresentar e como apresentar, precisará escutar também sobre a definição dos personagens.

Esta questão não é muito simples, pois é comum que dentro de um grupo muitas pessoas queiram fazer o mesmo personagem e entendo que a melhor opção para esta situação é a experimentação de vários personagens por várias pessoas, em diferentes improvisações.

No caso de teatro-educação, precisamos ter em mente que nosso objetivo central é o aprendizado e a vivência teatral, o que certamente resultará em uma apresentação potente. Dessa maneira não vale a pena termos como preocupação central se a pessoa que irá representar um determinado personagem se parece fisicamente com ele ou ela.

Qualquer pessoa pode representar qualquer personagem, exatamente porque é uma representação e não uma tentativa de viver a realidade. Portanto a primeira preocupação a ser deixada de lado é a da semelhança física.

Foto de cottonbro no Pexels

Outro aspecto importante a ser considerado após a escolha dos personagens é o percurso para que esse personagem passe a existir.

A pergunta central de quem está dirigindo deve ser: quais as proposições que posso fazer para que estas pessoas encontrem a melhor maneira de representar estes personagens?

Existem muitos caminhos possíveis. Eu acredito que a improvisação é o mais potente dentre eles, já que possibilita a experimentação para se chegar a uma forma, que será sempre mutável, mesmo quando o espetáculo está pronto, ainda que em pequenas proporções.

Vale a pensa pensar em propostas que explorem os diferentes aspectos do trabalho do ator, tendo em vista:

  • Os gestos e movimentos do personagem
  • As expressões faciais
  • A fala, que engloba tanto a compreensão do texto, quanto a maneira de falar
  • A ocupação do espaço, que dialoga com o cenário e com os demais atores

O que compreendo como fundamental é a visão de que o diretor irá criar propostas para que os atores criem os personagens e irá dialogar com estas criações, dando seu ponto de vista, propondo novas soluções, integrando o trabalho de toda a equipe, mas não irá agir como se os atores fossem suas marionetes e como se a criação do personagem fosse atribuição do diretor, tendo o ator somente a função de colocar em prática aquilo que já foi criado.

O diretor é quem manda?

O título deste post é bem provocativo, mas é uma maneira de refletirmos sobre qual o papel do diretor teatral e especialmente do diretor de teatro na educação.

O primeiro aspecto a ser colocado em questão é sobre a escolha do que será apresentado. Esta escolha pode ser feita coletivamente, pode partir de propostas já realizadas previamente e com as crianças pequenas, pode partir de alguma brincadeira de faz-de-conta que tenha sido significativa e que o grupo queira compartilhar para um público.

Caso você avalie que teus alunos podem ampliar o repertório de possibilidades, uma boa maneira é oferecer diferentes sugestões de textos que poderão ser a base da apresentação. Talvez você tenha condições de fazer uma montagem teatral na qual poderão apresentar um texto na íntegra, sem adaptações e esta será uma ótima possibilidade de um contato mais próximo com o universo teatral, mas esta opção é pouco provável, já que as peças de teatro não são escritas com vistas a montagens escolares.

Seja qual for a tua situação, tenha em mente que o grupo precisa ter interesse e participar da escolha.

Foto de cottonbro no Pexels

O segundo aspecto da reflexão sobre o papel do diretor é sobre a maneira como a peça será montada, a escolha estética a ser feita sobre a montagem.

Para fazer esta escolha é muito bom ter repertório de possibilidades, isto é, ter algumas ideias sobre como esta peça pode ser apresentada e para isso é fundamental que o grupo já tenha ido ao teatro e na impossibilidade de ver peças teatrais, precisamos recorrer a filmagens e fotografias de peças teatrais, pois do contrário, a escolha será por fazer algo parecido com uma novela ou com um filme e teatro não é TV, nem cinema.

Dou um exemplo de possibilidades de uma montagem da história do “Chapeuzinho Vermelho”:

Primeira possibilidade – ser uma montagem o mais realista possível, com um cenário que reproduza a floresta e a casa da vovó, com figurinos e sonoplastia imitando os personagens e criando o som ambiente. Neste caso teu grupo de alunos será de poucas pessoas, já que a história tem somente 5 personagens.

Segunda possibilidade – ser uma montagem na qual todas as pessoas representem o espaço e os sentimentos da Chapeuzinho, assim teremos muitas árvores e plantas, mas também teremos um personagem que será o medo, outro que será o susto e outro que será a alegria de ver a vovó sair viva da barriga do lobo.

Terceira possibilidade – ser uma montagem que transporta a história para uma Chapeuzinho nos dias de hoje, morando em uma cidade grande e o lobo ser representado de forma simbólica por um assaltante. O cenário ser de projeções de imagens com uma iluminação e uma sonoplastia que remetam a uma cidade cheia de luzes e barulhos de trânsito.

Com certeza poderíamos pensar em muitas outras possibilidades de montagem, mas o que importa é fazer essa escolha junto com o grupo de alunos/atores e ajuda-los a compreender qual a opção estética que melhor se adequa aos interesses e as condições do grupo.

No próximo post falaremos sobre o papel do diretor/professor com relação ao trabalho do ator/aluno.