Finais diferentes

Para quem?

Qualquer idade

Condições necessárias

Uma sala com espaço amplo, que permita exploração teatral.

Materiais necessários

Nenhum

      

Como acontece?

Essa proposta tem como inspiração o livro “histórias para Brincar” de Gianni Rodari, do qual escrevi no post anterior e que você pode acessar aqui. Caso você tenha como utilizar uma das histórias do livro, será melhor. Se não tiver, use outra história.

A ideia é interromper uma história antes que chegue ao final e então dividir o grupo em subgrupos para que cada subgrupo invente um final diferente.

O ideal é que seja uma história desconhecida de todos, para que as pessoas não fiquem influenciadas pelo final já conhecido.

Depois de ter deixado um tempo para que inventem o final, peça que todos os grupos representem o final imaginado, encenando a situação, mesmo que ela não contemple o número de pessoas do grupo.

Outra possibilidade é que o final tenha o mesmo número de personagens que as pessoas do grupo, ainda que na história tivesse um número bem menor ou bem maior. Nesse caso o grupo terá que encontrar motivos para que os personagens desapareçam ou para que outros personagens sejam criados.

Escrita coletiva

Foto de Sadman Chowdhury no Pexels

Escrever coletivamente é uma proposta presente dentro do universo escolar e no mundo de diferentes maneiras.

Na escola, escrevemos coletivamente como parte do processo de alfabetização e a escrita coletiva possibilita que os alunos façam trocas entre si e também contém com o apoio da professora para avançar no domínio da linguagem formal e escrita.

Os trabalhos em grupo também são oportunidades nas quais todos sugerem os conceitos que estarão presentes e constroem o texto com as frases ditas pelos vários componentes da equipe.

Em muitos espaços nos quais a sociedade se organiza coletivamente, observamos a criação de um mesmo texto feita por várias mãos. As inúmeras possibilidades que a informática nos deu, faz com que um mesmo texto possa se modificar de maneira a que cada integrante de um grupo possa alterá-lo até chegar a um formato no qual todos estejam satisfeitos.

A escrita coletiva de uma peça teatral é bastante frequente como decorrência de um processo de improvisações de cenas, partindo de um tema comum.

A escrita, quase sempre, surgem das cenas representadas, que vão em um movimento de troca entre o texto escrito e a cena representado, em uma construção na qual a ação dramática alimenta a dramaturgia, que passa a alimentar novas ações, de forma permanente e cíclica.

Alguns grupos escolhem manter esta condição de permanente alteração textual e mesmo depois que a peça começa a ser apresentada, o texto transforma-se permanentemente. Outros definem um formato final, mesmo que ele sofra pequenas alterações no decorrer das apresentações. Existe ainda a possibilidade de que um dramaturgo ou dramaturga seja chamado pelo grupo para dar uma unidade textual ao que foi criado cenicamente.

Caso você queira compreender melhor a história desta forma criativa, acesse o site do Núcleo de Dramaturgia do SESI, onde você verá parte deste caminho. A definição sobre criação coletiva presente no Dicionário do teatro brasileiro: temas, formas e conceitos também irá te ajudar a compreender um pouco mais sobre esta temática no teatro brasileiro, acesse aqui.