Luz ou escuro

Para quem?

Este jogo funciona melhor com adolescentes ou crianças após os 10 anos, mas pode ser feito com os menores também, dependendo da capacidade de improvisação do grupo.

Condições necessárias:

Uma sala escura

Materiais necessários:

Lanternas (podem ser de celular)

 

Como acontece?

Proponha que o grupo se divida em duplas e a improvisação acontecerá com 3 ou 4 duplas por vez, os demais serão plateia.

Cada dupla ficará em um espaço delimitado da sala ou do palco, caso você tenha um. Este espaço pode ser delimitado com marcas no chão, para que a dupla não se movimente e não se aproxime das demais.

As duplas irão escolher quais os personagens de cada um e irão improvisar uma cena com estes personagens, por exemplo:

  • Um vendedor e um comprados em uma banca de frutas. A cada improvisação eles poderão estar conversando sobre a compra, discutindo sobre algum produto ou preço ou até mesmo brigando por um ter sido acusado de ladrão.

Uma pessoa de fora das cenas irá controlar a luz. Caso você tenha a disponibilidade de estar em um teatro com canhões de luz que apontem para os espaços de cada dupla, use este recurso. Não tendo, use uma lanterna que irá iluminar uma dupla por vez.

As duplas não saberão qual será a ordem e quanto tempo ficarão na luz ou no escuro. A ideia é que cada dupla explore sua capacidade de improvisar e lidar com a surpresa de ser a sua vez inesperadamente.

Para que possa ser uma surpresa, quem ilumina não poderá seguir uma ordem e nem ficar sempre o mesmo tempo com a luz em cada uma das duplas. É possível que em algum momento a iluminação dure um minuto e em outro seja somente de 20 segundos.

A imagem deste post está disponível no site Luz, Tecnologia e Arte, onde você poderá conhecer muito sobre o tema da iluminação. Acesse aqui.

Caretas na sombra

Para quem?

Qualquer pessoa com mais de 3 anos

Condições necessárias:

Uma sala escura

Materiais necessários:

Lanternas (podem ser de celular)

Foto de Engin Akyurt no Pexels

Como acontece?

Esta proposta busca explorar as possibilidades de criar sombras com caretas.

Para que as caretas possam ser vistas na sombra, precisamos explorar a lateral do rosto, de tal maneira que as mudanças de expressão que fizermos possam ser vistas na sombra.

Em um primeiro momento, explore as mudanças de distância que estamos do foco de luz e observe como a sombra se altera.

Depois disso vamos experimentar como movimentar o rosto com expressões, observando quais modificam a sombra.

A terceira parte desta brincadeira acontece com o uso de objetos que possam deformar nosso  rosto, fazendo com que nosso nariz cresça, nossa boca aumente ou fique pontuda, nossa testa ou nosso queixo sejam protuberantes ou qualquer outra coisa que você inventar.

Você pode assistir ao vídeo “Quantas caras a tua cara tem?” para se aquecer para a proposta com as lanternas.

Que horas são?

Foto de Andrey Grushnikov no Pexels

Para quem?

Qualquer pessoa que reconheça os horários do dia.

Condições necessárias:

Uma sala que permita movimento.

Materiais necessários:

Nenhum

Como acontece?

Escreva em um pedaço de papel diferentes horários do dia e da noite, que podem ser horas de relógio ou momentos relacionados ao horário, como: hora do almoço, começo da madrugada, ao amanhecer, etc.

Divida os alunos em pequenos grupos e peça que cada um escolha um dos papeis com um horário definido. Cada aluno irá escolher uma ação que permita à plateia identificar qual o horário sorteado por ele/ela. Embora estejam em pequenos grupos, esta atividade é individual e pode ser feita com uma pessoa por vez, porém caso seja um grupo de alunos muito grande, será cansativo fazer com um de cada vez.

Posicione o grupo em uma relação de palco e plateia. Para isso não é necessário ter um espaço com um palco construído, basta que seja estabelecido qual o lugar do palco e da plateia na sala de aula.

Depois que todos tiverem feito a proposta individualmente, agrupe-os em quartetos ou quintetos e peça que escolham ou sorteiem novamente um horário, porém desta vez todos irão estar na mesma cena, no horário escolhido.

As cenas serão definidas parcialmente, definindo quem eles são, onde estão e qual o motivo para estarem naquele horário juntos. O restante será improvisado. Por exemplo:

  1. Um grupo de vizinhos na rua, no meio da madrugada, porque um motorista bateu o carro no portão de uma das casas, derrubando-o.
  2. Uma família almoçando, às 13h.

Após a improvisação das cenas, os comentários poderão observar o quanto os horários ficaram evidentes.

Para fazer mais

É possível dar continuidade a esta proposta, associando uma emoção ao horário, nos papeis sorteados, tanto para o que será feito individualmente, como em grupo.

OBS: Esta proposta partiu do jogo homônimo proposto por Viola Spolin.

Desafio “Todos em cena” – Penteando personagens

Muita gente está trabalhando em casa durante este momento da pandemia, não é? Algumas crianças e jovens também estão estudando em casa e fazendo o melhor que podem para aprender nesta novo formato, apesar da saudade da escola!

Mas algumas pessoas continuam trabalhando fora de casa como os médicos e enfermeiros. Também continuam trabalhando os motoristas de ônibus, os lixeiros, os atendentes do supermercado e da farmácia, as pessoas que trabalham nas empresas de água e luz, para que nada disso falte na nossa casa. Os homens e mulheres que trabalham com transporte também continuam na rua: carteiros, motoristas de caminhão, motoboy…

Para uma cidade continuar vivendo, mesmo com as pessoas ficando o máximo possível dentro de casa, muita gente está trabalhando fora, mesmo que corram mais riscos do que os que estão dentro de casa.

Então nossa primeira ação de hoje é uma que fazemos muito no teatro: aplaudir!!! Desta vez não é porque a peça terminou, mas porque a vida precisa continuar.

E para continuarmos a brincar, vamos imitar uma profissão, uma que não está trabalhando agora, mas que a gente pode imitar muito bem de dentro de casa: a de cabeleireiro.

Imagem: Reprodução/Boredpanda

Se você estiver brincando sozinho, pode pegar um boneco ou boneca e ser o cabeleireiro dele. Se você estiver brincando com mais alguém, podem brincar de fazer muitos penteados, um no outro, uma na outra.

Uma ideia legal para deixar a brincadeira mais divertida e teatral é escolher um personagem e fazer o penteado dele ou dela. O personagem pode ser até mesmo um bicho ou uma planta e você fará um penteado para que sua cara se pareça mais com a do personagem.

Então, mãos e escovas à obra!

Desafio “Todos em cena” – Carregando objetos pesados

 

Existem muitas coisas pesadas que algumas vezes precisamos carregar! Claro que o que é pesado para algumas pessoas, pode ser leve para outras. Se alguém é bem grande e forte, pode achar fácil carregar um balde cheio de água, que será impossível para uma criança pequena!

Mas carregar um piano é pesado para qualquer pessoa!

Foto disponível em www.recantodasletras.com.br

A brincadeira de hoje é de carregar objetos imaginários pesados. Para saber o que é leve e o que é pesado para você, comece experimentando carregar alguns objetos reais aí na tua casa e experimente o peso e a forma deles.

Observe bem como o seu corpo se transforma para carregar algumas coisas, perceba os movimentos que você precisa fazer para carregar algo que seja pesado. Perceba também como seus músculos precisam se contrair bastante quando você tem que fazer muita força. E guarde todas estas sensações na tua memória.

Depois você irá escolher alguns objetos imaginários para carregar e irá carregá-los usando a força e os movimentos necessários, como se eles estivessem com você, tornando-os reais!

Se você estiver brincando com outras pessoas, você pode fazer como se fosse um teatro, quem carrega fica no palco e quem assiste fica na plateia. Quem assiste pode observar com atenção e depois que a pessoa que está no palco terminou de carregar, quem assistiu pode comentar o que viu, que objeto ela achou que era, quais as dicas que ela pode dar para que o objeto se torne ainda mais real.

Vamos lá? Músculos em movimento!

Ei, e não deixe de fazer o desenho do prédio que a Suca inventou!

Desafio “Todos em cena” – Jogo do espelho

Será que você tem um espelho em casa? Você se olha no espelho?

Antes de começarmos a fazer nossa brincadeira, pense um pouco em quais momentos do dia você se olha no espelho e por que?

Depois vá para a frente do espelho e observe teu rosto e teu corpo. Faça vários movimentos na frente do espelho e perceba como é a imagem que é refletida.

Depois disso, escolha alguém para ser o teu espelho e você ser o espelho dela ou dele. Não importa se vocês são parecidos ou não, se tem a mesma altura, se os dois são magros ou gordos, com cabelos compridos ou curtos. Este jogo pode ser feito com pessoas muito diferentes, porque o que vamos espelhar são os movimentos e as expressões.

Foto de Felipe Balduino no Pexels

Fiquem parados um em frente ao outro e combinem quem começa sendo o espelho e quem será a pessoa. Então a pessoa vai começar a se movimentar e o espelho terá que se movimentar igualzinho, tentando fazer tudo no mesmo minuto que a pessoa fez, assim como um espelho faz!

Ou será que o espelho se atrasa?

Lembrem-se de trocar no meio da brincadeira e quem era o espelho passa a ser a pessoa, e vice-versa!

Desafio “Todos em cena” – Restaurante imaginário

A brincadeira de hoje é de comer! Você deve estar se perguntando o que tem de brincadeira nisso, afinal você come todo dia e nem sempre é divertido, não é? Pois é, a brincadeira é de comer em um restaurante, mas será um restaurante imaginário!

Você pode aproveitar um lugar na tua casa onde tenha uma cadeira e uma mesa, então você vai chegar no restaurante, pegar o cardápio, que também será imaginário, pedir ao garçom o que você quer comer e beber e assim que ele trouxer, você vai começar a comer!

Foto de Iina Luoto no Pexels

Mesmo sendo uma comida imaginária, com talheres, prato e copo imaginários, você vai fazer os movimentos de levar a comida na boca, mastigar, sentir o sabor e engolir! Repare como a boca da gente fica até salivando quando fazemos tudo isso.

Sinta o sabor! Perceba como é a comida em contato com os teus dentes! Faça os movimentos para cortar, levar até a boca, arrumar a comida no prato.

O que será que você vai comer? Será que é uma sopa ou um arroz com feijão? Talvez você goste de pedir uma salada toda colorida no restaurante.

Imaginar a comida e ver ela no teu prato também ajuda muito a poder fazer esta brincadeira.

Se você estiver brincando com mais alguém, vocês podem ir juntos ao restaurante e será um jantar onde cada um come o que escolheu. Vocês também podem brincar que um de vocês é o garçom ou a garçonete e vai trazer a comida e a bebida para vocês comerem.

Será um bom programa esse de ir ao restaurante sem sair de casa, não é?

Essa brincadeira quem inventou foi a Viola Spolin. E por falar em amigos que inventam coisas legais, o que será que a Suca está inventando no Delícias de desenhar? Vai lá ver!

Alunos em cena: jogando com texto

Para quem?

Todas as idades, desde que saibam ler com fluência.

Condições necessárias

Uma sala que permita movimento, de preferência sem muito barulho.

Materiais necessários

Cópias de um mesmo trecho de um texto teatral.

Como acontece?

Entregue uma folha para cada aluno com um trecho de uma peça teatral reproduzido em um tamanho de letra que seja possível ler se movimentando.

Proponha que todos leiam o texto diversas vezes, caminhando pela sala. Esta primeira leitura tem o objetivo de que o grupo conheça o texto e entenda o que está falando.

Peça que cada aluno escolha uma frase do texto e repita-a diversas vezes com intenções variadas, explorando as diferentes maneiras de dizer este mesmo trecho.

Faça uma roda e proponha que o texto seja dito por todos, cada um falará uma frase, buscando variedade na maneira de falar.

Para fazer antes

Proponha um aquecimento vocal, no qual os alunos irão explorar a projeção de voz, o ritmo da fala, a altura – mais grave ou mais agudo – e o volume alto ou baixo. Também é importante usar os intervalos da fala, brincar com a respiração e com as muitas maneiras de falar que temos.

Para fazer depois

Divida o grupo conforme o número de personagens da cena escolhida e proponha que apresentem esta cena uns para os outros. Será interessante observar como a forma de falar irá interferir na encenação e no sentido que o texto pode ganhar.