Histórias com objetos

A brincadeira de hoje é de criar histórias com objetos.

Você pode escolher diferentes objetos na tua casa, não pense na história antes de escolher, pense no objeto que você quer pegar ou simplesmente ande pela casa e escolha alguns objetos, que podem ser objetos que moram na cozinha, no banheiro, na sala ou no quarto.

Depois de escolhidos os objetos, coloque-os na tua frente e comece a inventar uma história. Você pode começar pela história e então usar os objetos para ajudar a contá-la ou pode começar pegando o objeto na mão e inventar o que dizer, tendo ele como inspiração.

Vou te dar um exemplo para ajudar. Digamos que você escolheu os seguintes objetos:

  • Escova de cabelo
  • Bule de chá
  • Óculos
  • Colher
  • Lenço azul

 

Se você quiser começar com a história, talvez ela seja assim:

“Existia um grande rio azul (então nesse momento, você já pose pegar o teu lenço e fazer com que ele se transforme no rio) que era navegado por navios grandes e altos (talvez aí o teu bule vire o navio), mas um dia uma jangada resolveu que ela também queria navegar por lá (quem sabe a escola de cabelo quer ser esta jangada)…”

A continuação da história vai depender do que você quiser inventar e se você precisar de mais objetos, ande pela casa e encontre-os.

Mas você também pode olhar bem para os objetos e decidir quem eles serão na tua história e então começar a inventar.

São muitos os objetos e as histórias que podemos criar! Vai lá e inventa as suas!!!

Brincar de ser polvo

Será que você já viu um polvo?

Se você nunca viu um polvo ao vivo, minha sugestão é que você assista ao filme “Professor Polvo”. Neste filme você poderá ver um polvo fazendo muitas coisas variadas e talvez você passe a gostar dela da mesma maneira que o homem que fez o filme gostava.

Para ser um polvo, você terá que explorar o teu corpo como se fosse um e vale a pena saber algumas informações destes seres tão peculiares. Segundo a Wikipedia:

Os polvos são moluscos marinhos  da classe Cephaloda , da ordem Octopoda (oito pés), possuindo oito braços fortes e com ventosas dispostos à volta da boca. Como o resto dos cefalópodes, o polvo tem um corpo mole, sem esqueleto interno (ao contrário das lulas) nem externo, como o argonauta. Como meios de defesa, o polvo possui a capacidade de largar tinta, de mudar a sua cor (camuflagem, através dos cromatóforos), e  autonomia de seus braços.

Foto de Pia no Pexels

Não será nada fácil conseguir oito braços, então minha sugestão é que você use tuas pernas e teus braços para ficar pelo menos com metade dos braços dos polvos.

Você poderá treinar pegar coisas com as diferentes partes de seus braços e pernas e não apenas com as mãos e os pés. Experimente o pulso, os cotovelos e os joelhos também!

Como o polvo tem o corpo mole, você terá que experimentar uma coluna bem flexível e se movimentar pelo espaço se arrastando e rolando.

Talvez você tenha outras pessoas para brincar com você, então você poderá fazer um fundo de mar bem variado ou uma turma de polvos.

Histórias na rádio

Será que você algum dia ouviu uma novela de rádio? Ou ouviu uma história apenas gravada?

A brincadeira de hoje é essa: criar uma história somente com sons.

Você pode começar escolhendo qual história irá usar para a tua gravação. Pode ser a história de um livro, pode ser uma peça de teatro ou pode ser uma história criada por você.

Claro que você poderá fazer a gravação somente com improvisações, sem um roteiro prévio, mas será muito mais difícil.

Foto de pexels-skitterphoto

Portanto a primeira parte é ter toda a história escrita como um roteiro. Por exemplo:

“Narrador: A tarde estava cinzenta e parecia que a chuva não tardaria a chegar. (Som de vento ao fundo) Marina já estava cansada de ler o texto que precisava terminar naquela tarde. (som de página virando)

Marina: Lucas, o que você tá fazendo? (gritando)

(som de vento e trovão)

Marina: Lucas!!!! Por que você não vem aqui?

(som de tempestade começando)

Marina: Lucas! (som de cadeira se arrastando que se mistura com uma música de suspense)”

Depois de estar com todo o roteiro pronto, você irá fazer uma pesquisa sonora com objetos e com músicas. Caso você tenha algum instrumento musical, também poderá utilizar. Então teu roteiro ficará com anotações referentes a maneira pela qual você irá fazer os sons. Veja:

“Narrador (minha voz bem grave): A tarde estava cinzenta e parecia que a chuva não tardaria a chegar. (Som de vento ao fundo – feito com folhas de papel) Marina já estava cansada de ler o texto que precisava terminar naquela tarde. (som de página virando – feito com um livro)

Marina (minha voz mais aguda): Lucas, o que você tá fazendo? (gritando)

(som de vento e trovão – apito, papel e gravação para o trovão)

Marina (minha voz cada vez mais aguda): Lucas!!!! Por que você não vem aqui?

(som de tempestade começando – feito com água caindo no balde)

Marina: Lucas! (som de cadeira se arrastando que se mistura com uma música de suspense – feito com cadeira no chão de madeira e a música e a música Sindicato de Media Noche  de Estúdios Talkback)”

Com todo teu roteiro feito, é hora de gravar. Certamente um celular será um ótimo aparelho para gravar e você também pode editar, juntando partes que tenham sido gravadas separadas, se necessário.

Com a história pronta, chame teu público, peça que todos fechem os olhos e aproveitem da tua história sonora!

História com os pés

A brincadeira de hoje começa com uma massagem nos pés, amassando cada cantinho, sentindo todos os dedos e todos os ossos. Você já reparou como os pés são ossudos?

Depois de deixar os pés bem preparados para se movimentarem e entrarem em cena, você irá coloca-los para o alto, de tal forma que eles possam se movimentar com total liberdade, sem nenhuma preocupação em terem que carregar todo o resto do teu corpo.

Foto de Valeria Boltneva no Pexels

Coloque uma música e faça teus pés dançarem. Com eles lá para cima, descubra quais os movimentos que eles podem fazer. Eles podem dançar sozinhos ou acompanhados, um com o outro.

Quando você já tiver descoberto muitos movimentos dos teus pés juntos e acompanhados, você irá criar um personagem para cada pé. Talvez um deles seja um gato e o outro um cachorro! Pode ser que eles sejam dois gatos, bem amigões um do outro. Talvez teus pés não queiram ser animais, mas sim pessoas ou mesmo objetos.

Depois que você tiver escolhido quais os personagens dos teus pés, é hora de arrumar o figurino que será a melhor maneira de compor teu personagem de pé!

Com os personagens completos, é hora de começar a cena. Claro que você poderá experimentar várias ações diferentes para criar qual a cena mais gostosa de fazer. Você pode variar: de vez em quando começar a cena e descobrir o que acontece nela e outras vezes, inventar tudo só no pensamento e depois representar com teus pés.

Os pés poderão representar em muitos lugares, não só lá no alto, balançando. Eles podem estar apoiados nas paredes, em um banquinho, dentro de uma caixa e até mesmo no chão!!!

Divirta-se com teus pés, eles ficarão contentes de terem tanta atenção só para si!

Desafio “Todos em cena” – Lanterna no corpo

Quando eu era criança quase ninguém tinha uma lanterna, as lanternas eram da família, quando existiam e custava caro trocar as pilhas, que eram grandes e acabavam logo.

Atualmente, os celulares possuem lanternas e cada um pode ter a tua, por isso é muito fácil fazer esse desafio, mesmo que você esteja com várias pessoas.

Foto de Wendelin Jacober no Pexels

A proposta começa com a escolha de um lugar escuro. Se na tua casa você tiver um quarto que pode ficar bem escuro durante o dia, ótimo! Se não, espera chegar de noite para brincar.

Você vai pegar tua lanterna e vai começar a iluminar várias partes do teu corpo. Com isso, vai perceber como teu corpo se mostra diferente ao ser visto assim, aos pedaços, como se apenas uma parte dele existisse.

Depois de observar as várias partes do teu corpo com a lanterna, você irá fazer movimentos variados, para ficar duplamente diferente, afinal você terá somente uma parte do corpo iluminado e com vários movimentos que podem transformar ainda mais a maneira como ele se mostra.

Aproveite para variar a proximidade da lanterna, ficando com o foco mais amplo ou mais reduzido.

Caso você esteja brincando com mais alguém, vocês podem explorar movimentos conjuntos e criar seres muito estranhos, juntando partes dos corpos de vocês, com iluminação que poderá ser somente de uma das lanternas ou de todos que participam.

Explore como a luz te transforma!

Desafio “Todos em cena” – Corpo neutro, corpo expressivo

Corpo neutro, corpo expressivo!

Não tem momentos que você tem a sensação de que não tem ninguém dentro do corpo que está na tua frente? Ou até você, parece que abandonou teu corpo jogado em um sofá e ele não está dizendo mais nada?

Pois é, a brincadeira de hoje é de alterar teu corpo para um formato neutro e outro expressivo.

A primeira parte é conseguir ficar neutro. Você pode fazer isso estando em pé, sentado ou deitado.

O que importa é não expressar nenhuma emoção ou sensação!

Para isso, procure ficar com os músculos relaxados, mas não tão relaxados que você pareça uma maria-mole, porque aí você estará expressando muita preguiça!!! Fique com o corpo relaxado, mas mantendo um tônus que te permita manter-se ereto, caso você esteja em pé ou com o troco ereto e as pernas firmes, caso esteja sentado. Se estiver deitado, basta não estar esparramado pelo chão, mantenha o corpo acordado, mas sem tensões.

A brincadeira é trocar desta postura neutra para uma que expresse alguma emoção. Você pode fazer uma lista de emoções, tendo várias, como:

Raiva;

Carinho;

Medo;

Alegria;

Etc.

 

Se você estiver brincando com mais alguém, podem combinar que uma das pessoas irá falar quando é o momento de mudar e a outra faz, depois vocês trocam. Também podem usar um cronometro que dê um sinal a cada 10 ou 15 segundos e vocês vão trocando do neutro para o expressivo. O cronometro também pode ser usado quando você estiver brincando sozinho.

Essa brincadeira é muito legal para você aprender a controlar teu corpo e demonstrar suas emoções.

Desafio “Todos em cena” – Muitas formas de andar

Será Será que você presta atenção na forma como anda?

A brincadeira de hoje começa assim: com você prestando atenção na maneira como anda. Perceba qual a posição dos teus pés, onde você coloca mais teu peso, o que você faz para dar um passo. Você pode começar a perceber tua forma de andar de olhos fechados, para começar sentindo pelo corpo e depois usando o olhar para te ajudar a saber ainda mais sobre o que você faz de maneira tão sem pensar.

Depois de ter percebido como é que você anda em geral, você vai começar a mudar a tua maneira de andar, explorando diferentes formas.

Você pode começar mudando o peso do teu corpo para frente e para trás ou também para os lados. Note como uma pequena diferença no peso, já altera muito o teu equilíbrio e a percepção que você tem do espaço.

Foto de Marcelo Moreira no Pexels

Varie também ficando na ponta dos pés, dobrando mais os joelhos, ficando com uma perna rígida ou as duas, mancando de uma das pernas, abrindo muito os pés ou fechando e tudo o mais que você inventar sobre o formato do teu corpo.

Você também pode alterar o ritmo do teu andar, com passos mais rápidos ou mais lentos, que podem variar também no comprimento do passo.

Veja o que mais você descobre sobre as muitas formas possíveis de andar!

Desafio “Todos em cena” – Cinema

A brincadeira de hoje é de cinema!

Será que algum dia você já viu uma filmagem de cinema? Talvez você tenha visto em algum filme ou mesmo num documentário. Se você nunca viu, procure algum vídeo que fale disso e veja! Um filme muito bonito que fala sobre o cinema se chama “Cinema Paradiso”.

Você vai precisar de pelo menos duas pessoas para esta brincadeira, para que uma seja a atriz ou o ator da cena e a outra seja o cinegrafista.

Se você estiver brincando com muitas pessoas, podem ter vários atores, pode ter um diretor ou diretora, pode ter uma figurinista ou maquiadora e os outros personagens que você inventar.

Juntos criem uma história para ser filmada e aproveitem os diferentes espaços da tua casa para fazer este filme.

Você poderá deixar esta filmagem muito incrementada, usando figurinos variados e diferentes objetos para as cenas.

Imagem disponível em https://www.cineset.com.br/

Você pode brincar filmando de verdade, com um celular e depois que a brincadeira tiver terminado, ainda poderão assistir ao filme que fizeram.

Desafio “Todos em cena”: Teatro de sombras

A brincadeira de hoje é de Teatro de sombras.

O mais importante nesta brincadeira é estar em um lugar onde você possa ver a sombra. A sombra pode ser feita em um quarto escuro, com o uso de uma vela ou uma lanterna ou mesmo na frente de uma parede na qual o sol esteja batendo. O importante é que dê para ver a sombra.

Você pode criar sombras com teu corpo e tuas mãos, descobrindo quais as formas que podem ser feitas movimentando cada parte de teu corpo. Você verá que a sombra de uma mão pode virar algo muito diferente!

Foto de cottonbro no Pexels

Outra opção é fazer um teatro de sombras usando formas recortadas em um papelão ou cartolina. Neste caso você poderá criar teus personagens e projetar as sombras, fazendo com que elas sejam maiores ou menores, dependendo da distância que você esteja da luz.

A terceira possibilidade que eu te dou é de usar objetos que já estão na tua casa para fazer teu teatro.

Você pode também juntar tudo isso e ter personagens feitos com teu corpo, outros de papelão e alguns com objetos. O importante é que tuas sombras criem histórias e peças teatrais.

Caso você queira conhecer um grupo de teatro de sombras, veja aqui o site da Cia Teatro Lumbra.

Desafio “Todos em cena”: Conversa sem palavras

A brincadeira de hoje é uma conversa sem palavras.

Você vai começar espreguiçando todo o teu corpo e fazendo uma massagem nas várias partes, para que você todo fique acordado.

Fique na frente de alguém e comece apenas olhando nos olhos da pessoa com quem você irá brincar.

Na primeira parte da brincadeira vocês vão usar somente as expressões faciais para tentar dizer algo uma para a outra.

Na segunda parte, vocês vão usar o corpo todo. Mas preste atenção, não é uma brincadeira de mímica. Vocês vão fazer uma conversa e quando um de vocês estiver “falando” terá que pensar sobre o que está falando, terá que pensar toda a frase a ser dita na própria cabeça e, então, usar os gestos que podem ajudar a se comunicar.

Na terceira parte, além do rosto e dos gestos corporais, vocês irão poder utilizar objetos.

Vocês podem contar pequenos fatos ou breves histórias um para o outro e assim que terminarem a narrativa sem palavras, contar com palavras. Será mais interessante que a pessoa que “escutou” diga primeiro o que compreendeu e depois quem “falou” comente sobre o que estava dizendo.

Acho que vocês vão descobrir quantas coisas são possíveis de dizermos sem usar palavras.